quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Fundado em 1964, o Vila Aurora é uma equipe matogrossense com sede em Rondonópolis, cidade com aproximadamente 200 mil habitantes e uma das maiores economias do Estado. Em 2005, conquistou o campeonato estadual do Mato Grosso, o grande momento da história do clube. Em 2010, fez uma boa campanha na Série d do Campeonato Brasileiro, eliminando inclusive o Remo em pleno Mangueirão, mas acabou perdendo a vaga para a Série C de 2011 para o Guarany de Sobral (CE).
 
O grande rival da equipe é o União de Rondonópolis com que disputa o derby local, chamado de Unigrão.
 
A camisa abaixo, fabricada pela Karilu Sport, é o modelo utilizado na campanha de 2010. Considero mais um bom trabalho da Karilu. As cores da equipe também facilitam o trabalho, muito bonitas:



terça-feira, 11 de dezembro de 2012
841. Esse é o total de línguas faladas em Papua Nova Guiné, o que torna a nação da Oceania uma das mais diversificadas do planeta. Também é dos lugares mais inóspitos da Terra, com lugares onde a natureza permanece quase intocada (pelo menos é isso o que mostra aqueles programas do Discovery Channel).

A seleção de futebol local ocupa atualmente a posição 195 do ranking da FIFA, o que coloca os Kaputs, como a equipe é chamada pelos torcedores, no glorioso ranking das 20 piores seleções do planeta. 

Uma curiosidade: a seleção já foi treinada por um treinador brasileiro: Marcos Gusmão, que treinou a equipe de 2004 a 2011. Foi nesse ano de 2011 que a seleção papuense aplicou uma goleada de nada menos que 17x1 em Kiribati, durante os Jogos do Pacífico daquele ano.

A camisa da seleção PNG que possuo é a da temporada 2011, justamente o modelo usado durante os Jogos do Pacífico. É um template padrão da Lotto sem grandes atrativos, a não ser o fato de ser extremamente rara:






quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Com 15 títulos da liga albanesa, o Futboll Klub Partizani é um clube sediado em Tirana, capital da Albânia. Foi fundado em 1947 pelo Exército de Libertação Nacional Albanês, resistência armada formada durante a Segunda Guerra Mundial.

Após a queda do comunismo no país, a equipe somente ganhou a liga em uma ocasião, em 1993 e, recentemente, na temporada 2010-11, acabou sendo rebaixada para a segunda divisão nacional. Na temporada 2011-12 ganhou o título da segundona albanesa, o que lhe valeu a promoção para a divisão principal do futebol albanês na atual temporada. 

Os maiores rivais da equipe são o KF Tirana (maior vencedor da liga albanesa) e Dynamo Tirana, com quem disputa os derbys da capital albanesa.

A camisa da equipe que possuo na coleção é fabricada pela Umbro e foi o modelo utilizado em 2007:





segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Em março de 2010 a Islândia virou notícia diária em todo mundo, graças ao vulcão
Eyjafjallajökull (lógico que copiei e colei do google), cuja erupção prejudicou o tráfego aéreo por toda a Europa. Esse evento deve ter mudado drasticamente o cotidiano pacato dos islandeses, cuja vida não parece ter sofrido o efeito do corre-corre de nossos dias (Bem, desculpem se estiver errado a respeito disso, mas o meu referencial do cotidiano da Islândia é o dvd da banda Sigur Rós). 

A Islândia é, acima de tudo, um país de lendas e estórias riquíssimas, que vão de deuses nórdicos a Papai Noel. Este último, aliás, assume um papel um pouco diverso no folclore islandês. Trata-se de não um, mas 13 Papais Noéis, que visitam as casas das crianças, um a um, nas 13 noites que antecedem o Natal, para roubar comida, objetos e pregar preças. A mãe desses Papais Noéis é chamada de Grýla e é uma espécie de Troll que devora as crianças mal-comportadas. Hoje em dia não usam essa figura avessa do Papai Noel por lá, (efeito do consumismo natalino?), mas assim foi como a lenda foi originalmente criada. 


No futebol, a Islândia tem melhorado bastante, ainda mais se considerarmos que a população total do país não chega a 340 mil habitantes. Os islandeses estão no grupo E das eliminatórias da Copa de 2014  e ocupam o quarto lugar, na frente de Eslovênia e Chipre e só um ponto atrás da segunda colocada Noruega. Em maio deste ano, a Islândia abriu 2x0 contra a França, em um amistoso, fora de casa, deixando por um momento a impressão de que poderia protagonizar uma zebra histórica em pleno território francês. Mas os Les Bleus acabaram virando para 3x2, para a decepção islandesa.

Para terminar, gostaria de dizer que o Stjarnan F.C., equipe que disputa a primeira divisão islandesa, possui as comemorações de gols mais geniais já vistas no futebol. Algo muito melhor que as palhaçadas vistas no Campeonato Brasileiro. Assista aqui! Não deixe de ver, vale muito a pena!

Bem, a camisa da Islândia de minha coleção, é a utilizada pela equipe na temporada 2008-09. Fabricada pela Errea, possui um design simples, mas esse tom de azul é um de meus preferidos e isso torna a camisa muito bonita, em minha opinião:

Para ler:
LAXNESS, Halldor Kiljan. A estação atômica. Rio de janeiro: Opera Mundi, 1970. 260 p.
ARNASON, Jon; JONSSON, Kjartan Gud. Icelandic folk tales and fairytales. [S.l.]: Iceland Review, 2000. 123 p.

Para ouvir: Discografia da banda Sigur Rós.
sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Não se pode dizer que o futebol do nordeste seja desconhecido das torcidas brasileiras. Ele abriga clubes famosos como Fortaleza, Ceará, ABC, América/RN, CSA, CRB, Santa Cruz, Náutico, Sport, Bahia, Vitória. E poucos também são os que não conhecem clubes menores, mas presentes no imaginário popular, como Moto Clube e Sampaio Correia, ou Flamengo e River do Piauí.

Pouco se fala, no entanto, dos times do Estado de Sergipe, o menor Estado do Brasil, e com uma tradição também pequena no cenário futebolístico nacional. Dos anos 90 para cá os times deste Estado praticamente sumiram das competições nacionais (ok, todo ano tem algum na Copa do Brasil, mas naquela fase que quase ninguém assiste). No Brasileiro mesmo há algum tempo nenhum passa das séries C e D.

O campeonato sergipano, atualmente, é a única competição que os times do Estado disputam com chance de título. Os três maiores ganhadores, e rivais, são: Confiança e Sergipe, da capital Aracaju, e o Itabaiana, o tricolor da Serra, de cidade homônima no interior. (um parêntese, o Itabaiana tem no hino um dos refrões que mais gosto "na vitória, ou derrota, a disputa com luta e o abraço de irmão"). Nos últimos anos o "bicho papão" tem sido o River Plate, da cidade de Carmópolis, famosa pela exploração de Petróleo. Falarei aqui um pouco sobre a Associação Desportiva Confiança, clube que nasceu em 1936, no Bairro Operário de Aracaju. Formado por funcionários de uma fábrica de tecidos para disputar olimpíadas municipais, logo chegou ao futebol. A partir daí nasceu o derby contra o Club Sportivo Sergipe, tomando o lugar do extinto Cotinguiba Esporte Clube, até então o maior rival do time rubro. O time manda atualmente seus jogos no estádio Batistão, assim como o Sergipe.



Apesar da já citada situação ruim do futebol no Estado, nem sempre foi assim. Em outras épocas, principalmente quando o Campeonato Brasileiro era mais democrático, e a concentração de renda no futebol não era tão determinante; numa época em que os talentos locais ficavam alguns anos em seus celeiros antes de ganhar o Brasil e o mundo, o Confiança teve grandes times. Revelou jogadores nacionalmente famosos, como o zagueiro Váldson, do Botafogo dos anos 90, e o mais conhecido: Nunes, que brilhou no Flamengo dos anos 80 e fez dois gols na final do mundial contra o Liverpool. Aliás, foi contra o próprio Flamengo que o Confiança protagonizou um de seus maiores momentos no cenário nacional. No brasileiro de 1977 o Dragão sergipano disputou a liderança do grupo contra o rubro-negro carioca. Contava o saudoso radialista Carlos Rodrigues que equipes de tv cariocas disputavam espaço nas areias da praia para filmar a sensação do nordeste que poderia deixar o time mais popular do Brasil para trás. O Flamengo acabou vencendo por 3 a 1, mas aquela ainda é a melhor campanha de um time sergipano em competições nacionais. O clube possui 18 campeonatos estaduais, e quatro taças Cidade de Aracaju, além de outros torneios menores. A última participação na série A foi em 1984. 

Esta camisa é da temporada de 2008, ano em que o Confiança quase subiu para a série B do Brasileiro, tendo sido este, até 2012, o último grande feito nacional do time operário do Bairro Industrial.





terça-feira, 20 de novembro de 2012
Em 16 de dezembro de 1989, eclodiu na cidade de Timişoara, na parte ocidental da Romênia, um protesto contra  uma decisão de desapropriar um sacerdote húngaro, László Tőkés, que havia se manifestado contra o governo romeno. Era o primeiro dos eventos que culminaram na derrubada do regime comunista na Romênia e fuzilamento de Nicolae Ceauşescu, o mais caricato dos líderes do antigo Leste Europeu. Nesse protesto, segundo estimativas não oficiais, a polícia secreta romena (Securitate), que havia, nos últimos anos do regime, se tornado tão presente a ponto de transformar a Romênia em um Estado Policial, matou cerca de 2000 manifestantes. Muitos deles, certamente, torcedores do que era o então clube mais tradicional da cidade, o Politehnica Timişoara.

À época de sua fundação, em 1921, e até o início da Segunda Guerra Mundial, a cidade viu os tradicionais Ripensia e Chinezul vencerem o campeonato nacional por diversas vezes. A Poli era apenas o terceiro clube da cidade e frequentava divisões inferiores da Liga Romena. Só com a ascensão do regime comunista e consequente dissolução dos times do Ripensia e Chinezul, é que o Politehnica Timişoara passou a ser o clube mais querido da cidade, sobretudo após 1948, com a promoção do clube à primeira divisão, onde permaneceu por muito tempo. 

Eu vinha acompanhando há alguns anos as campanhas do Poli Timişoara no campeonato romeno. Foram vice campeões na temporada 2008-09, quinto colocados na temporada 2009-10 e, na temporada 2010-11, foram novamente vice-campeões, perdendo o título para o Oțelul Galați. Portanto, foi uma grande surpresa quando, após o fim da temporada 2010-11, a equipe acabou sendo rebaixada devido a débitos com a federação romena. Em setembro desse ano, a equipe acabou sendo dissolvida, acompanhando o destino de várias tradicionais equipes romenas nos últimos anos. Era o fim de 91 anos de história. Mas os torcedores da equipe não ficaram órfãos. Migraram sua torcida para o ASU Politehnica Timişoara, fundado por um grupo de torcedores dois anos antes, talvez já prevendo o funesto destino de seu clube de coração. 

A paixão dos torcedores da nova Poli, que atualmente disputa a gloriosa quinta divisão romena, pode ser vista neste vídeo, publicado ontem no blog de Gustavo Hoffmann. Ver essa demonstração, ainda mais por um clube que disputa uma quinta divisão nacional, mostra que o futebol é muito mais do que os milhões movimentados a cada minuto pelo futebol mainstream e prova que sim, ainda é possível lutar contra o futebol moderno.

Bem, falando de camisas, eu possuo 3 camisas da Poli Timişoara. As duas primeiras não sei exatamente a qual temporada pertencem. A terceira foi provavelmente o último modelo utilizado pela equipe, a partir de 2011, possuindo inclusive a inscrição comemorativa dos 90 anos da equipe. Essa última comprei na simpática cidade de Timişoara.






Para ler:
SIANI-DAVIES, Peter. The romanian revolution of December 1989. Ithaca: Cornell University Press, 2007. 328 p.
VAINER, Nelson; MAGALHÃES JUNIOR, R. Antologia do conto romeno. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1964. 256 p.

Para assistir:
Filmes "A leste de Bucareste" e "Como festejei o fim do mundo".
domingo, 18 de novembro de 2012
As eliminatórias da Eurocopa de 1992 foram marcadas pela campanha quase impecável da seleção iugoslava de futebol. Com 7 vitórias e apenas 1 derrota, terminaram em primeiro lugar no Grupo 4 e tiveram o segundo melhor desempenho geral, ficando atrás da França, apenas. Era o auge da geração de Jozic, Savicevic e Prozinecki. A boa campanha a qualificava como uma das favoritas da Euro 92. 

Mas algo estava errado. O povo iugoslavo não tinha motivo para comemorar aquelas vitórias de 1991. Porque embora ainda existisse a seleção de futebol, a Iugoslávia estava se dissolvendo. Primeiro foram as declarações de independência da Eslovênia (gerando o "menos sangrento" dos conflitos, a chamada Guerra dos Dez Dias) e Croácia (que gerou uma guerra que durou até 1995). Depois, a situação ficou ainda mais tensa com os discursos nacionalistas de Slobodan Milosevic, então presidente da Iugoslávia, que reacendeu antigos sentimentos nacionalistas sérvios. Agora já não era apenas uma guerra separatista, era um conflito carregado de ódio étnico que causou milhares de baixas civis. 

Particularmente, sempre fui aficcionado pela Iugoslávia. Quando criança, meu time de futebol de botão favorito era o da seleção iugoslava, o que fazia com que eu fosse um grande fã do país (que pese o fato de que eu não soubesse absolutamente nada sobre ele além do formato de sua bandeira, estampado em meu time de botão). Com o início do conflito, entretanto, a Iugoslávia passou a ser mais do que um time de futebol de botão. Não entendia muito o que via na TV, mas entendia duas coisas: 1. As pessoas estavam morrendo e 2. Aquela seleção de futebol, que fizera a minha alegria em campeonatos com os meninos da vizinhança, em "estádios" improvisados, desenhados a giz na cerâmica da garagem de minha casa, não existiria mais. Sim, naturalmente era muito mais do que isso, mas aquela era a maneira como minha mente pueril de 11 anos entendia aquilo tudo. E, se você parar pra pensar, de fato a existência da seleção nacional, não só a de futebol, explica sim muita coisa. Essa ideia está bem clara no documentário "Once Brothers", sobre o jogador sérvio Vlade Divac e o croata Drazen Petrovic, ambos ídolos do basquete iugoslavo e que fizeram parte daquela que talvez tenha sido a melhor seleção de basquete europeia de todos os tempos. Estive em Sarajevo no início desse ano. Em dado momento perguntei ao dono do albergue em que nos hospedamos se ele achava que os tempos da Iugoslávia eram melhores do que os atuais. Ele respondeu, sempre muito sereno: "Muito, muito melhor. Antes éramos, para o mundo, a importante Iugoslávia. Agora somos apenas um país pobre." E depois de um tempo em silêncio, completou: "A pobre Bósnia".

Possuo algumas camisas da seleção iugoslava. Para a surpresa do menino que fui, elas não possuem a bandeira com a estrela no meio, como meu time de futebol de botão, mas o brasão da República Socialista Federativa da Iugoslávia, uma espécie de tocha das olimpíadas, como bem observou o grande intérprete de símbolos Fábio Farias. 
A primeira delas é também a camisa mais antiga de minha coleção, foi o modelo utilizado durante a Copa de 1982:
A segunda é uma camisa retrô feita sob encomenda pelo sempre excelente Mourasport:
A terceira é uma camisa pós 1990, que não posso precisar o ano:
A quarta é o último modelo elaborado para a seleção antes da guerra e do banimento pela FIFA. Não sei se de fato chegou a ser utilizado, mas é o modelo que seria utilizado na Euro 92, caso a seleção tivesse disputado a competição:
A última é o modelo utilizado na Euro 2000, com uma Iugoslávia dissolvida, composta apenas pelas Repúblicas da Sérvia e de Montenegro:


Para ler:
AGOSTINO, Gilberto. Vencer ou morrer: futebol, geopolítica e identidade nacional. Rio de Janeiro : Mauad, 2002.
ANDRIC, Ivo. A ponte sobre o Drina: crônica de Visegrad. Lisboa: Europa-América, [19--?].
FOER, Franklin. Como o futebol explica o mundo: um olhar inesperado sobre a globalização. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.
SACCO, Joe, Gorazde. São Paulo: Conrad, 2001.

Para ver:
Documentários "Once Brothers", "The last yugoslavian team" e "The death of Yugoslavia".
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
As camisas da coleção serão hospedadas em um novo site. Visite: http://fernando000br.wix.com/fudibol O blog continuará com postagens eventuais, minhas e do Fábio.
domingo, 9 de setembro de 2012
O futebol colombiano, infelizmente, anda um pouco fora da mídia sulamericana. Constantes fracassos da seleção nacional em se classificar para as recentes copas do mundo (A última foi em 1998, e antes disso a de 1994 foi marcada pelo assassinato de Andrés Escobar, morto ao retornar ao país depois de fazer um gol contra), aliado a insucessos de seus times nas principais competições continentais - Libertadores e Sulamericana - suplantados por equipes equatorianas e chilenas, talvez não dê aos mais jovens a dimensão da força daquele país. Porém, quem acompanhou futebol nos anos 80 e 90 sabe do que eles são capazes. É um daqueles casos em que você pode atribuir uma característica específica de jogo ao país, onde você olha e diz "isso é futebol colombiano". No caso: habilidade individual aliada à velocidade; contra-ataques rápidos, ousadia, jogo ofensivo. Mesmo com a enxurrada de técnicos argentinos que têm passado por lá a característica de seus jogadores que se destacam mundo afora se mantém, como Falcão Garcia (habilidade), ou Pablo Armero (velocidade), só para citar dois casos atuais mais famosos. 

Os clubes colombianos já venceram duas vezes a Libertadores da América, com Atlético Nacional em 1989, e Once Caldas em 2004. Porém cabe ao América de Cali o maior número de participações em finais da maior competição continental. Foram quatro decisões, incluindo três seguidas (1985, 1986, 1987, e 1996). O que pode parecer um fracasso para alguns, me parece a prova de que no fim dos anos 80 o Mechita foi um dos maiores sulamericanos, já que em campeonatos de mata-mata nem sempre vence o melhor, e se fossemos tomar como parâmetro a regularidade, chegar em três finais seguidas de libertadores seria mais que suficiente para credenciá-lo como um grande. Uma das finais, a de 1987 contra o Peñarol, foi sem dúvida uma das mais emocionantes de todos os tempos na Libertadores. O América venceu o primeiro jogo fora de casa, em Montevidéu, por 2 a 0, e na volta o Peñarol fez 2 a 1, na Colômbia. Hoje em dia isto seria suficiente para dar o título ao time de Cali, mas naquela época o placar agregado não contava, e se cada time vencesse um jogo, um terceiro era marcado, em campo neutro. A derradeira partida aconteceu em Santiago do Chile. O jogo ficou zero a zero até os 45 do segundo tempo, o que daria o título ao América, quando no último minuto dos acréscimos o Peñarol marcou seu gol, dando o tri-vice-campeonato ao América de Cali. Um dos melhores exemplos de como este gol marcou os torcedores do América é esta narração de uma rádio colombiana, onde o narrador se recusa a narrar o gol, "No lo voy a cantar! és increible, dios mio por que? Por que siempre a nosotros, señor?"

A camisa que possuo é da marca colombiana NAS, utilizada em 2009. Trata-se de uma camisa comemorativa do décimo terceiro título nacional. O escudo remete aos anos de fundação do clube, recurso muito usado por times brasileiros. A camisa possui marcas d'água com a logomarca do fabricante, o que apesar de um pouco exótico acabou ficando ótimo.  É também um caso raro em que o nome do time aparece estampado na camisa, o que muitas vezes é atestado de falsidade quando se trata de camisas muito mal-feitas, mas nesse caso foi uma bela homenagem







O que mais gosto nos jogos do Argentinos Juniors é a mistura de história e simplicidade que paira sobre o time e seu estádio. Talvez seja desnecessário dizer que é ele que o outro Juniors mais famoso da cidade, o Boca, deve a revelação dos dois maiores craques de sua história: Maradona e Riquelme. Aliás, não só o Boca, mas toda a Argentina e o resto do mundo. 

Nunca visitei o estádio Diego Armando Maradona, mas sempre me encantam os jogos que assisto ali pela tv. Assim como a maioria das praças futebolísticas argentinas, tem cara de cancha, não é arena, não tem pista de atletismo, é só um campo acanhado, cercado de arquibancadas, simpático, selvagem. E para mim o mais legal é que dá pra ver a rua, as árvores, os prédios, e algumas casas da rua de trás. O que dá a ele uma ligação muito forte com o bairro, dá a impressão de que você sabe onde está, o que está acontecendo no entorno, e que ele faz parte do lugar. Outra marca que o estádio carrega é a de ter sido palco da primeira apresentação de Messi na seleção argentina, em 2009. 

Às vezes o clube me lembra um pouco a Portuguesa, por duas características: estádio pequeno e simpático encravado no meio da cidade; e até pouco tempo atrás o Canindé tinha uma frase (não sei se ainda está lá), onde dizia "a universidade do futebol brasileiro", o que também acontece com Los Bichos, apelido do Argentinos Juniors, que se autodenomina "“Primera fábrica argentina de jugadores de exportación”"

Esta camisa não é muito rara, chegou a ser vendida no Brasil, mas considero uma das mais bonitas de clubes que tenho. Foi usada na temporada 2008-2009, e é da Diadora, marca que não tem feito tantas camisas ultimamente, mas que sempre achei muito caprichosa e preocupada com a simetria de suas coleções, e com grande talento para inserir patrocinadores de cores diferentes sem destruir a camisa, como essa ou a do Napoli. Detalhe para o escudo do time, com a citação em latim "mens sana in corpore sano", mente sã e corpo são, apenas mais um pequeno argumento para a classe desse time, mesmo que às vezes exagerem na "raça argentina", como na confusão contra o Fluminense na Libertadores 2011. 

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