quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Outro dia um amigo (Raphael Novaes, que entre outras qualidades é São Paulino como poucos), me fez uma pergunta muito interessante: que times brasileiros atualmente usam camisa com aquela gola clássica de camisa? Pensei, pensei, e só lembrei de times estrangeiros. Sequer um time brasileiro atual me veio à mente. Pesquisei rapidamente na sofutebolbrasil e só encontrei 3: corumbaense, democrata de 7 lagoas, e águia de marabá. Fiquei inconformado. Por que raios essas lindas golas sumiram do futebol brasileiro? Peço aos camiseiros de plantão que me digam que estou enganado e mostrem outras camisas nesse formato. p.s: nao valem as golas feias da puma de grêmio e cruzeiro. p.s.s: por falar em gola, aquelas dos meninos embaixo do Palhinha e do outro embaixo do André Luís são de dar saudade.
quarta-feira, 16 de julho de 2008

Como toda grande cidade, Frutal também teve o seu clássico. 13 de Maio e Arsenal. Rivalidade histórica, clássico das multidões, jogo sem favorito, etc. Os dois times foram por muito tempo os ícones esportivos, o muro de Berlim que dividia a cidade ao meio. Fatos que não presenciei, mas que não posso deixar de vislumbrar: o Marretão cheio, J. Vasco narrando nas tribunas de imprensa, as descidas dos laterais, os gols incontáveis; Times de fora viajando a Frutal, com um discurso de respeito, a torcida comemorando, as conversas de bar na segunda-feira girando em torno daqueles dois rivais históricos mas, sobretudo, nossos. Só não foi contra o Arsenal o jogo do 13 que tanto me marcou, porque o Arsenal não costumava chegar em finais. Mas sem dúvida, se ainda hoje me declaro trezista - mesmo que o time não exista há tanto tempo - é muito por causa desta rivalidade. Como disse, no entanto, o jogo aqui descrito é outro. O dia em que conheci o Esporte Clube 13 de Maio. No interior do Brasil, oprimidos por um calendário que os deixa ociosos por mais da metade do ano, os clubes pequenos tem duas alternativas: formar times sazonais para disputar meia-temporada, dispensando os jogadores em meados de junho; ou criar campeonatos independentes, geralmente sem o apoio das federações, para tentar se manter da renda dos jogos, revelar algum jogador, ou mesmo chamar a atenção para algum possível patrocínio. Quase nunca dá certo, mas não há muito mais o que fazer. Foi numa dessas ligas, a Copa Minas-São Paulo de 1996, que descobri, tarde demais, o 13 de Maio. Digo "tarde demais" porquê foi justamente no fim dos anos noventa que os times frutalenses, depois de longa agonia, sucumbiram à realidade do futebol moderno, o futebol-empresa, e padeceram. Uma das últimas tentativas de sobreviver, no caso do 13, consistiu na seguinte tática: arrecadou-se uma quantia razoável de dinheiro, sabe-se lá como, e ao invés de investi-la em estrutura, salários e afins, foi aplicada em um nome famoso. Esperança de que no meio de todo aquele amadorismo um profissional salvasse a pátria. Era como pagar por um milagre, e de fato só um milagre salvaria as coisas. Eis então que a grande estrela da Copa Minas-São Paulo de 1996 (ao menos da final)* era a nova contratação do 13. Ninguém menos que Éder Aleixo. Um dos selecionados por Telê Santana na Copa de 82. Aquele gol histórico contra a URSS que nunca saiu de nossas cabeças. Agora, vinte e quatro anos depois, mais para aposentado do que atuante, muitos bicos em times pequenos, mas nenhum dos argumentos negativos ofuscava a estrela trezista para aquele jogo. Partida que seria contra a jovem e competitiva equipe do Pirajuba, o que exigiria do 13 muito suor e correria. Devo justamente ao fato de aquela final ter sido contra o Pirajuba, o motivo de ter conhecido (e torcido) para o 13. Toda minha família do lado materno morava em Pirajuba, e para lá íamos, um fim-de-semana sim, outro não. Como tinha feito menos pontos durante o campeonato, o 13 faria a primeira partida em casa. Justo naquele domingo à tarde eu estava perto do cemitério de Frutal. Não me lembro o que fazia, mas isso não vem ao caso. Na caminhada de volta pra casa vi uma multidão saindo do campo da prefeitura. Perguntei a alguém o que se passava: A final! Quanto? 2 a 1 pro 13. Até então só tinha ouvido falar do time, nunca o vira jogar. Fiquei feliz pelo fato da “cidade” ter ganhado. Nos dias seguintes não pensei mais nisso. No fim de semana seguinte estávamos em Pirajuba. Chegamos sexta ou sábado, e no domingo, perto do almoço, meu tio apareceu e disse: hoje eu e o Fábio vamos à final. Minha ida ao jogo foi imposta, mas sem nenhuma restrição. Lembrei-me imediatamente do jogo da semana passada, e fiquei empolgado. O jogo era às quatro da tarde. Chegamos cedo, umas duas e meia. Vimos chegar o ônibus do 13, por volta das três. Pouco depois chegaram dois animados ônibus com a torcida de Frutal. Torcidas que se misturavam, pelo simples fato de que não havia arquibancadas. A estrutura do estádio (também próximo ao cemitério), era: o campo, o alambrado em volta do gramado, um espaço em volta onde todos ficavam de pé, e o muro, onde muitos ficavam sentados. Como chegamos cedo, pude ficar no alambrado. Nada me fazia soltar daquela grade. Uns vinte minutos antes do jogo começar, chegou uma camionete. Era uma Blazer nova, muito bonita, contrastando com o estado dos ônibus “pau-de-arara” que tinham chegado até o momento. Entrou no estádio e parou ao lado do vestiário. Não entendi nada, até que todos disseram: é o Éder! O primeiro tempo foi um marasmo. Bola pro lado, recuo. Vez ou outra um chute: bola no alambrado. Deu sono, embora pra mim não tenha sido tão mal. Cada lateral batido perto do lugar onde me encontrava, fazia meu coração disparar. Era como se eu estivesse em campo - e na prática, devido à precariedade do estádio, estava mesmo. Começou ruim, mas era uma final. Apesar do campeonato não ser oficial, muito se investiu, os resultados eram cobrados, e no segundo tempo os dois times voltaram diferentes. O Pirajuba precisava do resultado, e se lançou ao ataque. Deu certo. Logo no começo da etapa final, fez 1 a 0. Com esse resultado, o jogo ia aos pênaltis. Foi então que aproximadamente aos quinze, ele entrou no jogo: Éder! Éder entrou, e ele merece um parágrafo novo. Não pelo que fez o jogo todo. Pelo contrário. Com ele o 13 ficou mais lento, o jogo não fluía. A bola parava, voltava. O Pirajuba crescia, quase chegava ao segundo gol, o que faria deles campeões. A torcida adversária hostilizava o craque. Não jogava nada. Mas quando havia uma bola parada, isso mudava. Todos se calavam, apertavam-se contra o alambrado, amigos se entreolhavam, preocupados. A bola passava sempre perto. Os torcedores da casa fechavam os olhos, e respiravam aliviados quando ela saía. Aos 42 do segundo tempo, mais um escanteio para o 13. Seria apenas mais um, mas o batedor era Éder. O jogo estava 1 a 0 para o Pirajuba, o empate era do 13. Escanteio. Éder. Gol olímpico (com a ajuda do zagueiro, pra não ser tão romântico). 3 minutos não eram nada. 13 campeão. Éder aclamado. Comemorei feliz, um pouco afastado de meus tios pirajubenses revoltados - com a arbitragem, diziam que não foi escanteio, com o time, que não fez o segundo quando o jogo parecia fácil. O titulo era nosso. O 13 me dava sua primeira e última alegria. Hoje Frutal não possui mais times profissionais. Quando se fala de 13 e Arsenal é como se falássemos de um tempo tão distante que mal podemos vislumbrar. Às vezes a própria imaginação conta mais que a memória. Dos clássicos, nada ficou, senão histórias quase esquecidas. Alguns esqueletos na cidade ainda trazem os nomes e símbolos dos clubes, mas não passam de nomes. Quem olha pra um muro com um símbolo antigo muitas vezes nem sabe do que se trata. Os que sabem, já nem olham mais. Os que olham, vêem algo esquecido sob a poeira do tempo. Talvez isso se deva à triste certeza de que o futebol mudou, tudo mudou. E aconteça o que acontecer, esse duelo não mais existirá nem mobilizará as multidões, como nos tempos áureos do futebol de Frutal.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Pois hoje a Rússia estava mais para... Em todo caso, foi a melhor participação russa na Eurocopa. Isso se não levarmos em conta a época como União Soviética... OU SEJA, NÃO FOI A MELHOR PARTICIPAÇÃO RUSSA.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
(O que se viu): Quando Pavlyuchenko chutou aquela bola na trave no primeiro tempo da prorrogação, me perguntaram: para quem você está torcendo? E eu disse, "Agora, para a Rússia". Desde o começo da Euro2008 eu torcia para a Rússia, mas a Holanda era daquelas seleções impossíveis de se torcer contra. O time de Marco Van Basten era redondo. Quando as duas seleções se encontraram naquelas quartas de final, fiquei dividido entre o coração soviético e a razão laranja. Aquela bola na trave de Pavlyuchenko, entretanto, fez a dúvida acabar, e a partir dali eu era mais um russo nas arquibancadas da Basiléia. Foi naquele momento que começou o levante bolchevique. Nos poucos minutos da prorrogação, geralmente uma ante-sala dos penaltis, a Rússia foi uma massa compacta, que destruiu a laranja com sucessivos ataques, dois deles, fulminantes. Rússia 3, Holanda, a favorita, 1. (O que de fato aconteceu): Quando Pavlyuchenko chutou aquela bola na trave, o tempo cronológico de nossos relógios entrou em transe. As nuvens calmas que pairavam sobre a também calma Suiça, se coloriram de vermelho, e começou a tempestade. Choveu um suor rubro que muitos diziam ser sangue. Um sangue (ou suor) um pouco envelhecido, do século passado, mas ainda vigoroso e ácido. Não havia mais dúvidas sobre quem estava em campo contra a (até então) poderosa Holanda: O hino que tocou antes da partida era aquele entoado por tanto tempo em marchas na praça vermelha, no primeiro de maio. Dos onze em campo, dez vinham diretamente de Moscou (a maioria deles do time intimamente ligado ao Poder Russo). O Kremlin se levantava e mandava seus pupilos à guerra. Não, não era apenas a Rússia em campo, aquele país cheio de bêbados que tanto me encanta. Era a boa velha sigla, que rachou o mundo ao meio, e que achando o mundo pouco, mandou seus soldados para o espaço. Sputnik agora aterrisava no meio do gramado. E de dentro dele saiu Pavlyuchenko soltando aquele foguete na trave da Holanda. Não havia mais o que fazer, estava tudo fora de controle. Uma força de 100 anos que se levantou da sepultura e fez o time sensação da Euro tremer. Fez Van Der Sar, o goleiro imbatível, abrir as pernas para a bola passar. E quando isso aconteceu, as coisas pareciam fora do eixo, fora do tempo. Lênin embalsamado deu um soco no ar. Stalin e Trotsky se abraçaram nas arquibancadas. O grito entalado na garganta de cada russo desde a perestroika foi dado. Naquele minuto, e somente naquele, estava reestabelecida a geografia sociopolítico de um século. Tudo isso materializado no gesto do camisa 10 Arshavin, autor do último gol. O orgulho ferido foi uma arma muito mais letal do que todo o arsenal empoeirado nos sub-solos da KGB. Em tempo: não acho que a Rússia será a campeã da Euro. Seria demais, mas depois daquele jogo, isso se tornou quase irrelevante. Foi como a revolução russa, um dia de glória não garante um futuro promissor. Pobre de quem ousou desafia-la justo no dia do levante.
terça-feira, 24 de junho de 2008
O meu primeiro post não era pra ser sobre isso, mas já que é o assunto em pauta, vamos lá: O campeonato da Moldávia 2008/2009 começará em breve, provavelmente no final de agosto (ao menos o Calcio começa dia 31 de agosto). Para acompanhar a classificação da liga, ou resultados passados, a partir de 2004, o OleOle disponibiliza as tabelas. Os times que vão participar da Moldova Divizia Nationala este ano são: 1. Zimbru 2. FC Olimpia 3. Dinamo Bender 4. Politehnica 5. Dacia Chisinau 6. FC Sheriff 7. Tiraspol 8. Iskra-Stali 9. Nistru Otaci 10. CSCA 11. FC Academica 12. Tiligul T. Forza Olimpia!!! Em busca do primeiro título e da destruição da hegemonia do Sheriff nos últimos anos (são octacampeões).
segunda-feira, 23 de junho de 2008
A República da Moldávia é um pequeno país do Leste Europeu, com uma área total de 33.844 km2 e uma população de pouco mais de 4 milhões de habitantes.

Durante grande parte do século XX, foi uma das repúblicas socialistas soviéticas, da qual se dissolveu no dia 27 de agosto de 1991.

Bem, na verdade, o futebol Moldavo nunca teve muito prestígio. Nomes como Vladimir Tincler (estrela da Moldávia nas décadas de 50 e 60), Igor Dobrovolsky, Serghey Deknach, Valentin Kovach, Grigory Ianet e Valery Krasnov são certamente desconhecidos para todos nós, porém o futebol Moldavo possui o seu próprio charme, vindo dos longínquos Cárpatos.



A liga

O campeonato moldavo é dividido em 3 divisões, sendo a terceira subdividida em Norte e Sul. A primeira divisão, ou Divizia Nationala, é composta por 11 times, que se enfrentam em turno e returno e... outro turno. Cada equipe enfrenta o mesmo adversário 3 vezes!! E, no fim das contas, quem fizer mais pontos leva o título. A temporada 2007/2008 da primeira divisão teve o FC Sheriff como campeão, pela oitava temporada consecutiva (que se cuide o América com seu decacampeonato mineiro). Com o título dessa temporada, o Sheriff igualou o número de títulos de seu grande rival F.C. Zimbru. Com isso, os dois times possuem a hegemonia dos títulos da liga moldava desde a independência, hegemonia interrompida apenas por um título do Constructorul Chisinau, na temporada 1996/97.

Os uniformes:

FC SHERIFF











FC ZIMBRU













A seleção nacional

A seleção Moldava estreou em partidas internacionais no dia 2 de julho de 1991, ocasião em que foi derrotada por 4x2 para a seleção da Geórgia. Atualmente, a Moldávia ocupa atualmente o 51º lugar no ranking da FIFA. Uma posição respeitável para uma seleção com pouca tradição e resultados ainda inexpressivos.
Nas eliminatórias da Copa de 2010, a Moldávia estará no grupo 2 europeu, juntamente com Grécia, Israel, Suíça, Letônia e Luxemburgo. Para os moldavos, o sonho de participar de uma copa do mundo nunca esteve tão próxima. Será?



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