quinta-feira, 30 de junho de 2011
Fazia algum tempo que eu queria uma camisa retrô da Bulgária na copa de 1986. Essa copa, juntamente com a de 90, foram as que tiveram as camisas mais bonitas, em minha opinião. Então eu e Fábio Farias encomendamos esse projeto com o Moura. O resultado, como sempre, foi impressionante. Impecável!
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Eu já tinha o outro modelo da Adidas parecido com esse, mas essas camisas da Rússia feitas pela Adidas são tão bacanas que não pude resistir quanto vi essa da temporada 09-10 à venda por um preço convidativo. O modelo atual abandonou a cor vinho, voltando ao tradicional vermelho, portando essas camisas vão deixar saudade. E tenho a leve impressão de que esses modelos na cor vinho serão muito procurados no futuro.
terça-feira, 14 de junho de 2011

Apesar de não ser meu jogador preferido, a despedida de Ronaldo marca o fim de uma era no futebol brasileiro. Inspirado por isto resolvi fazer este balanço. Nada sério, científico ou estatístico, apenas puxei umas memórias dos fatos mais marcantes do futebol brasileiro nestes 20 anos em que o acompanho. E talvez alguns fatos sobreponham, se invertam. Posso me adiantar ou voltar um pouco no tempo pois, como dito, as pretensões são pequenas. Verdade é que não sei se são exatamente 20 anos, tenho algumas lembranças da copa de 90, mas acho que foi no ano de 91 que comecei a levar o esporte nacional um pouco mais a sério. A primeira lembrança que tenho não é de um jogo, e sim de um quadro. Um tio, santista, tinha na sala de casa um quadro do São Paulo de 86, os menudos do Morumbi. De jogo mesmo, não me lembro exatamente qual foi. É preciso organizar a memória, o que não é fácil: antes disso, a copa de 90. E aqui terminava uma das dinastias que pretendo abordar, a seleção Alemã. Daquela copa lembro muito mais da minha tabela, com as bandeiras nacionais, do que dos jogos em si. Passei horas decorando as bandeiras dos países, com especial atenção às do Uruguai, Romênia (um pouco diferente da atual), Áustria, Camarões e Coréia do Sul. Naquela época havia uma anedota recorrente que dizia que futebol era um esporte de 11 contra 11 onde a Alemanha sempre vence. E quando ela ganhou não me pareceu nada surpreendente. As únicas lembranças que tenho, porém, são dos jogos do Brasil. 

Chegamos então à era dos clubes que, no dia-a-dia, acabam sendo mais persistentes, presentes, e em determinadas situações até mais marcantes que uma copa do mundo. O ano de 91, o começo dos anos 90, foi um período de transição, o fim da hegemonia dos times cariocas nos anos 80 para os de São Paulo. Como todo fim de era ainda havia uma certa penumbra, uma difusão de talentos, tão natural no futebol brasileiro, e tão nova para mim. O campeonato nacional daquele ano foi vencido pelo São Paulo de Telê Santana. Sinto-me ao mesmo tempo entristecido por nunca ter assistido a seleção brasileira sob seu comando, e privilegiado por ter acompanhado um dos momentos mais vitoriosos de sua trajetória, de nunca ter tido a possibilidade de cair no erro de criticá-lo ou xingá-lo por uma derrota esporádica que significou uma desclassificação em um mundial. O São Paulo foi a primeira dinastia clubística que acompanhei, apesar que, como dito, fosse uma época em que os clubes cariocas ainda dominavam o noticiário e o imaginário do futebol nacional. O Flamengo com um elenco mesclado entre medalhões em fim de carreira como Júnior e Gilmar e novatos como Marcelinho Carioca, e o Vasco marcado como base da seleção de 90, encabeçada pelo técnico Lazaroni. Emergiam Corinthians e São Paulo, campeões de 90 e 91. Foi a época que o São Paulo começou sua escalada internacional, talvez a mais vitoriosa desde o Santos de Pelé, e era muito marcante para alguém que estava começando a acompanhar futebol ver um time nacional desbancando adversários sulamericanos e depois europeus. Os campeonatos do velho continente também não eram novidade, ao menos o italiano era veiculado integralmente na televisão nacional e jogadores como Zenga, Baresi e Baggio eram muito conhecidos. De forma que os dois títulos mundiais do São Paulo naquelas madrugadas de Tóquio ganharam contornos realmente continentais, emblemáticos como a Copa do Mundo que tínhamos perdido. A impressão que ouvia dos mais velhos era de uma espécie de redenção de Telê. O futebol carioca ainda sobrevivia, e a final do campeonato nacional de 92 foi entre Flamengo e Botafogo, com uma atuação inesquecível de Júnior nas finais. De toda forma aquele jogo parece ter sido o começo de um repouso dos clubes da ex-capital do Brasil. 

O São Paulo navegava em verdes mares. Era como se houvesse uma certa separação entre um time internacional do Brasil e os times nacionais. Até que na semi-final do Campeonato Paulista de 93 o tricolor, com o time titular, foi batido pelo Palmeiras do técnico que surgia como a maior promessa de revolução tática do país: Wanderley Luxemburgo. O gol de César Sampaio costurando metade da defesa e Zetti foi uma clara mostra de que surgia uma nova força capaz de lutar pelo topo. Houve então uma sucessão de caminhos cruzados. Mesmo o São Paulo vencido a Libertadores e o campeonato mundial daquele ano era o começo do declive, enquanto o Palmeiras trilhava a ascensão que culminaria em um dos times mais espetaculares da história do futebol nacional. A variável do São Paulo terminou definitivamente com a Libertadores perdida nos pênaltis para o Velez, em 94, exatamente o ano que o Palmeiras tornava-se o time a ser batido. Wanderley, com os lucros líquidos da Parmalat ao seu lado, inaugurava no Brasil a era do clube-empresa bem sucedido. A tal da "parceria" nunca mais deu tão certo, mas aquela foi infalível. Aos poucos o Palmeiras tornou-se uma espécie de seleção brasileira alternativa com craques como Roberto Carlos, Edmundo, César Sampaio, Flávio Conceição, Evair, Zinho. Foi campeão brasileiro em 94 em um campeonato que não parecia precisar ser disputado. 

Enquanto isso o Brasil era campeão do mundo. Bebeto e Romário consagravam-se como a maior dupla de ataque do mundo, a mesma do Vasco do fim dos anos 80. E como Bebeto já havia feito anos antes, era a hora de Romário chegar ao Flamengo, junto com Edmundo para formarem, ao lado de Sávio, o melhor time do mundo. O que parecia um conto-de-fadas anunciado, o ressurgimento do futebol carioca, deu certo só em partes - a parte carioca - com o título do Botafogo de Túlio Maravilha, em 95. O Flamengo que jogava com uma camisa do Vasco por baixo do uniforme não deu certo. Merece nota a figura mítica de Renato Gaúcho nas Laranjeiras, divertimento certo nos programas esportivos. Um campeonato que também fez ressurgir, e para mim, nascer, o time do Santos, com um dos jogadores mais clássicos que acompanhei, Giovanni. Santos, aliás, vítima de um erro grosseiro na final de 95 contra o Botafogo. Nada disso durou muito, o Palmeiras ainda era um grande time e logo fez questão de tomar seu posto de volta. Agora com Muller, Rivaldo, Edílson, e mais meia seleção, voltou a dominar o cenário, até encontrar pela frente um dos times mais raçudos que já vi: o Grêmio de Luis Felipe Scolari. Ambos times protagonizaram alguns dos maiores duelos da minha história de 20 anos de futebol, a ponto do Palmeiras, clássico, fino, tornar-se também um time de guerra e garra. Mas a lembrança que tenho é de que ali começou o fim daquela seleção verde, e do começo de uma nova hegemonia, com um ataque que hoje pode parecer meio besta, Paulo Nunes e Jardel, e que na época foi tão arrasador a ponto de se tornar o que tínhamos de melhor, e encher os olhos até de quem dissesse gostar só de "futebol arte". O Grêmio era a cara da Libertadores da América, a cara de um futebol gaúcho que marcava seu espaço sem se importar com o que falavam dele. É inegável, para o bem ou para o mal, o quanto aquele time deixou marcas no futebol brasileiro, adaptando-nos ao mundo. Até que Edmundo voltou. 

Meu amigo Gil Nunes sempre diz que se em 97 Edmundo jogasse na Europa teria sido o melhor jogador do mundo da FIFA. Apesar de não ter ganhado a estatueta acredito que ele tenha sido o melhor jogador do mundo para todos que assistiram o futebol brasileiro daquela temporada. E um jogador assim, acompanhado de Juninho Pernambucano, Felipe, e Mauro Galvão não podia ser nada senão campeão de tudo. Este sim era o ressurgimento do futebol carioca na figura solitária do Vasco da Gama que, àquela altura, carregava sozinho o nome da antiga Guanabara no futebol nacional. E no ano seguinte, mesmo com sua saída, o nome do Brasil na América do Sul. Que me desculpem os puristas, ou fãs dele, mas o time era tão magnífico que consagrou Antônio Lopes como um dos grandes treinadores da década. Não quero crucificar nem criticar ninguém, apenas mostrar que em meio àquela estrelada agremiação sobressaltavam-se até mesmo os talentos medianos que fora dali nunca mais seriam notados. O Vasco era tão eficiente entre 97 e 98 que o único ponto a se lamentar sobre isso eram as excessivas entrevistas de Eurico Miranda, suado a esbaforido, posando de mártir do futebol nacional. Foi também em 97 que vi a primeira coisa importante acontecer no futebol do meu Estado, o Cruzeiro ganhava a Libertadores. Criava-se ali o time que continua até hoje favorito em todos os campeonatos que disputa, mesmo que na maioria das vezes não corresponda. Palhinha, um dos heróis nas conquistas do São Paulo, ganhava novamente a América. A meu ver, um jogador que nunca recebeu a atenção que merecia. 

A essa altura do campeonato o futebol brasileiro já havia aprendido a se estrangeirizar. No pior sentido, o da mão-única, exportação sem retorno. Ronaldo brilhava no cenário internacional e outras estrelas dos nossos gramados seguiam o mesmo caminho. O Vasco da Gama começou a se dissolver e abrir espaços, e quando poderia se pensar que uma nova época de disputas parelhas estava por vir, eis que surge uma nova dinastia, talvez uma das mais longas nos anos 90, no apagar das luzes. O Corinthians, trazendo novamente Luxemburgo aos holofotes, reinou absoluto entre 98 e 2000. Um time que parecia perdido desde a aposentadoria da geração emblemática de 91 de Neto, Ronaldo, Tupanzinho, conseguiu uma combinação explosiva dentro e fora dos gramados: Rincon, Ricardinho, Marcelinho Carioca. Além desse triângulo, a espinha cervical do time, havia Dida, uma parede, e Luizão, um goleador, vindo do Vasco campeão da Libertadores. O Corinthians foi bicampeão brasileiro e, de certa forma, mineiro, ganhando suas finais respectivamente de Cruzeiro e Atlético. Não fosse o alvi-negro paulista hoje Guilherme e Marques estariam no mesmo patamar de Dadá Maravilha e Reinaldo na galeria de maiores craques do Galo. Luxemburgo consagrava-se como o maior técnico de futebol brasileiro e chegava à seleção depois de uma década de Parreira e Zagalo. Entregou um Corinthians tão redondo a seu assistente técnico que consagrou Osvaldo Oliveira como campeão do mundo, em cima do Vasco de Edmundo que voltara para perder o derradeiro pênalti. 

Luxemburgo estava na seleção e seus dois antigos clubes, Palmeiras e Corinthians, travavam um duelo interminável. A esta altura do campeonato eu já conhecia melhor a história do futebol brasileiro e me surpreendia com as posições secundárias ocupadas por Santos, Flamengo, Fluminense, Internacional, Botafogo e até o São Paulo. Fato era que o Corinthians dominava o futebol dentro de campo. Fora dele surgia o grande rival de Luxemburgo, um velho conhecido de todos, Scolari, levando ao Palmeiras toda a garra gremista. E tendo se encontrado com jogadores como Galeano e Alex, dois opostos que se atraíam e formavam um time tão eclético quanto eficiente, impediu o Corinthians de realizar seu maior sonho, ser campeão da América. Durante dois anos tivemos entre eles jogos que se tornariam inesquecíveis em qualquer época do futebol brasileiro e onde surgiu o maior jogador palmeirense depois de Ademir da Guia, o goleiro Marcos, herói nas duas eliminações corintianas da Libertadores. O Palmeiras ganhou a Libertadores, e ainda assim é mais lembrado por barrar o maior rival em uma de suas melhores épocas. 

No começo dos anos 2000 o Vasco ganhava outro campeonato brasileiro, agora organizado pelo Clube dos 13, com os infinitos gols de Romário. Felipão tomou o lugar de Luxemburgo na seleção e foi campeão do mundo. Mas foi um clube sem torcida que capitaneou todas as atenções do cenário canarinho. O São Caetano conseguiu algo que me parece hoje inacreditável: o Brasil inteiro torceu por um time sem torcida. E foi assim, como segundo time de todo mundo que chegou à final da Libertadores. E não dá pra esquecer dos canhões de Adhemar. Houve também o Santos de Diego e Robinho. Estabelecia-se um contraste confuso entre o campeão nacional de 2002 com Emerson Leão e a seleção campeã  do mundo com Felipão, como se nosso futebol não fosse um, mas vários, das pedaladas de Robinho aos desarmes de Gilberto Silva. Claro que na seleção havia a precisão de Rivaldo, a genialidade de Ronaldo, mas o princípio, a formação, era aquele, o Grêmio dos anos 90. O Santos, de tantas histórias, impunha-se então, finalmente e novamente, como a maior força, o grande representante do que era o futebol brasileiro. Enquanto isso o Fluminense juntava os cacos depois de jogar segunda e terceira divisão, voltando no tapetão, Luxemburgo renascia e ganhava uma tríplice cora com o Cruzeiro: mineiro, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro, sob a tutela de um estrangeiro protagonista, raro em nosso futebol, o argentno Sorín. E novamente vi o futebol brasileiro sofrer o assédio quase imoral da Europa, as notícias diárias eram sobre a saída iminente de Robinho e Diego. Dia sim, dia não, eles haviam assinado com um clube do velho continente. E entre altos e baixos, notícias de bastidores, o time foi se consolidando. E com Luxemburgo os Meninos da Vila chegava à final da Libertadores, como se a história se repetisse, como se o futebol brasileiro vivesse o mito do eterno retorno. Mas o Santos não foi campeão da América, e assim como a maioria dos jogadores que revelou, Luxemburgo foi para a Europa, embora diferentemente da maioria deles, não tenha ficado por muito tempo. 

O único bicampeão da América nos meus anos de espectador andava adormecido. Após a derrota para o Velez na final da Libertadores em 94 o São Paulo não havia ganhado praticamente mais nada. Muitos fatos podem ser considerados, como a reforma do Morumbi, a venda excessiva e predatória de jogadores tão logo despontavam no futebol profissional. Fato é que no ano de 2004 o São Paulo voltou à Libertadores disputando as fases finais da competição e, mesmo sendo eliminado nas semi-finais pelo Once Caldas, ficava claro ali a empatia do time com aquela competição, a entrega dos jogadores e da torcida, coisa que nem sempre acontecia nos campeonatos nacionais. O campeonato do time colombiano merece um comentário: nas duas semi-finais tínhamos São Paulo e Once Caldas de um lado, Boca e River do outro. Eram favas contadas que o São Paulo disputaria a final com um dos grandes argentinos, e no meio da constelação o campeão foi o cometa Once Caldas. Demorou um ano para que o São Paulo voltasse a conquistar a América, derrotando o surpreendente bem armado Atlético Paranaense, que também fora campeão brasileiro nos anos 2000. Não era fácil atribuir os méritos daquele São Paulo a um treinador. Começou com Cuca, um jovem técnico vindo do Goiás que montou uma base sólida com Mineiro, Danilo e Josué, seguiu com Leão, mordido pelo fracasso na seleção, e chegou ao ápice do sucesso com Paulo Autuori, o homem racional. O mesmo ano viu o Corinthians, personificado pelo investidor iraniano Kia Joorabchian, ser campeão nacional com o craque Tevez e escândalos de arbitragem que tiraram o título das mãos do Internacional. No fim do ano o tricolor paulista foi novamente campeão do mundo sobre o Liverpool, na maior atuação de um goleiro que presenciei nesses 20 anos. Rogério Ceni foi simplesmente o arquétipo de um guarda-metas. Literalmente um título segurado no braço com um gol meio achado de Mineiro. O São Paulo estava de volta ao topo, era o único time brasileiro a ser tricampeão do mundo, enquanto o Corinthians se desmanchava entre notícias de escândalos de lavagem de dinheiro e a insatisfação da torcida que quase invadiu o Pacaembu no jogo contra o River. Os anos dourados do futebol brasileiro pareciam ter voltado ao time do Morumbi, e mesmo a saída do técnico campeão mundial, Paulo Autuori, não deixava saudades devido à chegada do anunciado sucessor de Telê, Muricy Ramalho. E de fato começou uma hegemonia tricolor, mas exatamente ao contrário do que ocorrera no início dos anos 90: agora o São Paulo era o imbatível time nacional, enquanto o posto de internacional transferia-se para o Internacional. Adormecido desde a época de Falcão o Inter ressurgia para ganhar sua primeira Libertadores e o Mundial sobre o aparentemente imbatível Barcelona de Ronaldinho Gaúcho. Mais uma vez o futebol mostrava sua face mais irônica, ou confusa, o time montado por Muricy Ramalho no sul do país vencia em 2006, na final da Libertadores, o time dirigido por Muricy Ramalho. E o Internacional vinha de uma vitória moral no Campeonato Brasileiro de 2005. De 2006 a 2010 o Inter se tornou mais ou menos o que o o Vasco era nos anos 90, um time onipresente, e que revelava técnicos até então desacreditados ou desconhecidos, no caso do colorado Abel Braga e Celso Roth. A primeira fase vitoriosa do Inter parecia uma questão de química perfeita, pois sequer os jogadores eram conhecidos ou se tornaram grandes craques, como Sóbis, Fernandão, Iarley. A única promessa que se concretizou foi Alexandre Pato, que infelizmente pouco jogou no Brasil. O Inter se tornou o time estrangeiro do Brasil, tanto em conquistas, como em jogadores, e se tornava um gigante sem fronteiras, com duas libertadores, uma sulamericana e um mundial. Ao mesmo tempo o São Paulo de Muricy tornava-se, junto com o Flamengo, o maior campeão brasileiro de todos os tempos, perdendo logo depois este título para Santos e Palmeiras com a unificação dos títulos da CBF. 

Justamente pela falta de títulos internacionais Muricy saiu do São Paulo e começou sua caminhada com poucos baixos e muitos altos pelo futebol brasileiro. Passou pelo Fluminense, onde novamente foi campeão brasileiro. Aliás, em 2009 e 2010, com Flamengo e Fluminense, o futebol carioca ensaiou uma tentativa de voltar à elite do futebol nacional, embora ambos os títulos tenham se mostrado tópicos e efêmeros. O tricolor carioca se fiou em campanhas heróicas, do fundo do poço à salvação, culminando de fato apenas com a conquista nacional citada, ainda que o mais marcante tenha sido escapar do rebaixamento em 2009 com 98% de chances de cair. Nos últimos dois anos surgiram três craques aparentemente capazes de começar a escrever uma nova história em nosso futebol: Neymar, Paulo Henrique Ganso, e Lucas. Ganso é o meu preferido, mesmo com as lesões. Ele e Neymar tem colocado o Santos na história destes últimos 20 anos como um dos maiores, talvez o mais soberano em tão pouco tempo. Já me parece o melhor Santos que vi jogar, e se isso se converterá em títulos, não sei, nem se importa tanto. Mesmo que não seja campeão brasileiro este Santos será melhor que o Santos campeão brasileiro de 2002, e ponto. E ainda estão na final da Libertadores, com muitas chances de trazer de volta à Vila o que só o Santos de Pelé e Coutinho conseguiu. 

Apesar de todos os problemas estruturais, de corrupção, violência, foram duas décadas muito divertidas. Mesmo que em grande parte dela o futebol não tenha sido de um nível absurdo, foi o suficiente para transformar um garoto em um fiel espectador. A única coisa que posso esperar é que alguém que tenha hoje seis ou sete anos e esteja começando a entender as regras do jogo possa estar satisfeito com o que viu daqui a vinte anos, não apenas com o seu clube, e sim com todas as mudanças e contradições que a gente quase nem percebe no dia-a-dia. E que olhando depois, de longe, são dignas de se exclamar, "que loucura".  


domingo, 12 de junho de 2011
Antes de ouvir falar do Esporte Clube XV de Novembro, a cidade de Piracicaba era uma constante em minha vida, pelo fato do meu vizinho em minha cidade natal, recentemente falecido, assobiar a música Rio de Piracicaba, de Tião Carreiro e Pardinho, em 99% do tempo. Talvez por isso ou pelo nome da equipe, homônimo do time que fez sucesso em Frutal nas décadas de 50 e 60, eu sempre me simpatizei com o Nhô Quim. Além da simpatia, o XV possui um dos hinos mais singulares do Brasil, que pode ser ouvido aqui. Tá certo que não é o hino oficial, é o popular da torcida, mas não deixa de ser único. Eis a camisa da equipe, fabricada pela Deffende:
terça-feira, 7 de junho de 2011
O futebol de Brasília tem as suas peculiaridades. Uma delas é a participação de equipes de fora do DF no campeonato local. É o caso do Formosa Esporte Clube, equipe de Formosa, cidade goiana com pouco mais de 100 mil habitantes, a 75 km de Brasília. Fundada em 1978 com o nome de Bosque Esporte Clube, a equipe já chegara a disputar a elite candanga em 2000, mas não conseguiu se manter e chegou a disputar a terceira divisão do DF. Em 2008, a equipe mudou o nome para Formosa Esporte Clube, com o intuito de receber ajuda financeira local, mas o clube mantinha o nome fantasia de Bosque Formosa, nome pelo qual a equipe se tornou conhecida no início da década passada. Em 2010 a equipe voltava à elite candanga, e a campanha no Candangão de 2011 foi brilhante: uma honrosa terceira colocação, só ficando de fora da final por muito pouco, após uma derrota inexplicável para o Gama no Diogão, em Formosa, onde não perdia desde 2007. Com a boa colocação, a equipe também obteve o direito de disputar a Série D do Brasileiro. A camisa do Formosa, fabricada pela Mazza, é o modelo reserva usado pela equipe durante a disputa do Candangão 2011:
sábado, 4 de junho de 2011
A Malásia, com seus aproximadamente 28 milhões de habitantes, é mais um daqueles países do Sudeste Asiático que muito apreciam o futebol, embora as nações da região não possuam nenhuma tradição no futebol em escala mundial. Regionalmente, entretanto, a seleção malaia já participou de algumas edições da Asian Cup, sendo a última em 2007 e ano passado foram campeões da genial AFF Suzuki Cup, derrotando a Indonésia nas finais. Lembro-me que em 2008 tive a oportunidade de pegar essa camisa da seleção da Malásia e não peguei. No início desse ano apareceu outra e não poderia deixá-la escapar. Afinal, essa camisa é o Peñarol das seleções nacionais.
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