sábado, 22 de agosto de 2009
No Campeonato Brasileiro de 1973 o futebol de Brasília teria seu primeiro representante. Era o CEUB, equipe fundada por universitários do Centro de Ensino Unificado de Brasília, de quem herdou o nome. A campanha foi fraca, apenas uma trigésima terceira posição. Os dois anos seguintes não foram diferentes: 37 em 1974 e 31 em 1975, campanhas que não impediram o sucesso do CEUB no Distrito Federal, onde foi campeão em 1973 e vice em 1974. O time encerrou suas atividades em 1976, deixando muitos órfãos e abrindo espaço para que outros clubes conquistassem a hegemonia do futebol de Brasília.
O CEUB costumava mandar os seus jogos no Estádio Pelezão, o grande templo do futebol brasiliense nos primeiros anos da capital, com capacidade para 30.000 pessoas. Abandonado após a construção do Estádio Mané Garrincha, o Pelezão foi, durante anos, o lar de 187 famílias, que ali permaneceram até 2004, quando foram removidas para Ceilândia. Então a demolição do Estádio foi finalmente autorizada. Hoje, ao passar de metrô naquele mesmo local onde, anos antes, eu via algo como um pedacinho de Pripryat no meio de Brasília, não pude deixar de sentir uma nostalgia estranha de um tempo que não vivi. E há uma estranha ironia: o lugar onde décadas atrás era um templo do futebol de Brasília e, logo depois, serviu de lar para os mais humildes, se transformará em um dos metros quadrados mais valorizados do Distrito Federal: Living Park Brasília ou qualquer coisa que o valha. São os trambiques imobiliários e o total desrespeito pela memória do Distrito Federal. Imagem atual do terreno onde outrora havia o Estádio Pelezão Estádio Pelezão antes da demolição, já abandonado
Equipe do CEUB durante seus anos de glória

1 comentários:

Fábio disse...

O pior não é nem isso, mas custava ter sei lá, um memorialzinho sobre o Pelezão no shopping, uma coisinha qualquer? Mas duvido.

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