sexta-feira, 30 de julho de 2010
Seguindo a postagem da camisa da Letônia, agora traremos outro país báltico, a Lituânia.Com pouco mais de 3 milhões de habitantes, a Lituânia, ou Lietuva em lituano, foi incorporada à URSS em 1944. No entanto, o período de ocupação soviética foi marcada pela resistência, com a criação de diversas guerrilhas, como a dos partizans lituanos, que durante vários anos lutaram contra a dominação soviética. No futebol, entretanto, a Lituânia não mostrou muita resistência. Assim como sua vizinha Letônia, a seleção de futebol lituana não possui nenhuma tradição no cenário mundial ou europeu, conseguindo se destacar apenas no cenário báltico. A seleção chegou a surpreender no início das eliminatórias para a copa 2010, quando venceu a Romênia por 3x0 e Áustria por 2x0. Porém, a equipe não conseguiu repetir as boas atuações no restante das eliminatórias e acabou ficando em quarto lugar no grupo. Nos próximos meses a seleção lituana disputará as eliminatórias da Euro, ainda sonhando com sua primeira participação no torneio. A tarefa não é das mais fáceis: a seleção fará parte do grupo I, junto com as tradicionais Espanha, República Tcheca e Escócia, além do impronunciável Liechtenstein. Títulos: Baltic Cup: 1930, 1935, 1991, 1992, 1994, 1996, 1997, 1998, 2005, 2010 Participações na Euro: Nunca participou Participações em Copas do Mundo: Nunca participou Hino Ouça aqui Tarybinę Lietuvą liaudis sukūrė, Už laisvę ir tiesą kovojus ilgai. Kur Vilnius, kur Nemunas, Baltijos jūra, Ten klesti mūs miestai, derlingi laukai. Tarybų Sąjungoj šlovingoj, Tarp lygių lygi ir laisva, Gyvuok per amžius, būk laiminga, Brangi Tarybų Lietuva! Į laisvę mums Leninas nušvietė kelią, Padėjo kovoj didi rusų tauta. Mus Partija* veda į laimę ir galią, Tautų mūs draugystė kaip plienas tvirta. Tarybų Sąjungoj šlovingoj, Tarp lygių lygi ir laisva, Gyvuok per amžius, būk laiminga, Brangi Tarybų Lietuva! Tėvynė galinga, nebijom pavojų, Tebūna padangė taiki ir tyra. Mes darbu sukursim didingą rytojų, Ir žemę nušvies komunizmo aušra. Tarybų Sąjungoj šlovingoj, Tarp lygių lygi ir laisva, Gyvuok per amžius, būk laiminga, Brangi Tarybų Lietuva! Possuo duas camisas da seleção lituana em minha coleção. A primeira delas, fabricada pela Diadora, é provavelmente da temporada de 1996, e apresenta o brasão lituano como escudo. A segunda, de mangas longas, é mais recente, da temporada 2009, fabricada pelo obscuro fabricante Saller:
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sábado, 24 de julho de 2010
A cidade de Araxá, em Minas Gerais, é muito conhecida por suas águas terapêuticas, sendo uma das cidades que integram o Circuito de Águas de Minas Gerais e também por ser um dos locais preferidos para a pré-temporada, relaxamento, etc. das equipes de futebol brasileiras. Nem todos, entretanto, conhecem o Araxá Esporte Clube. Chamado carinhosamente pelos torcedores de "Ganso" (uma homenagem ao capitão da equipe no titulo da Segunda Divisão Estadual em 1965), a equipe foi fundada em 20 de setembro de 1958. Em seus mais de 50 anos de história, o time oscilou muito entre a primeira e segunda divisões de Minas Gerais. Os momentos de glória da equipe foram os 3 títulos do módulo II (equivalente à Segunda Divisão), títulos conquistados com o apoio de uma pequena porém apaixonada torcida que comparecia fielmente ao simpático estádio Fausto Alvim, onde o Ganso manda seus jogos. No ano de 2010, a equipe disputou novamente o módulo II mineiro, mas acabou não conseguindo uma das vagas para a elite mineira, que ficaram com Guarani de Divinópolis e Mamoré de Patos de Minas.
Títulos: Campeonato Mineiro - Módulo II: 1966, 1978, 1990. Campeonato Mineiro - Segunda Divisão: 2007. Campeonato Citadino de Araxá - 1959, 1962. Hino Baixe aqui Autor: Rangel Drummond Afonso Ribeiro Salve o alvi-negro O mais querido do interior Em todas as partidas mostra sua garra e o seu valor Ganso forte e genial Em campo toca e controla a bola A sua raça engrandece a nossa história Cantando e vivendo sua glória Araxá Esporte Clube Balança coração Em todas as jornadas Bate forte a emoção No pavilhão as cores "da glória" O vento faz tremular A flâmula alvi-negra Do mais querido de Araxá Vai em busca da vitória Com toda garra de campeão Mostrando com amor à camisa Vai mantendo sempre sua tradição Araxá Esporte Clube Balança coração Em todas as jornadas Bate forte a emoção. O uniforme da equipe, com claras influências do Atlético Mineiro, das cores ao escudo, é fabricado pela Finta. A camisa abaixo é idêntica à usada pela equipe na disputa do Módulo II de 2009.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Uma das 3 Repúblicas Bálticas, a Letônia é um pequeno país do Leste Europeu, com pouco mais de 2 milhões de habitantes. É banhada pelo gelado Mar Báltico e ainda possui florestas em metade do seu território, o que é muito raro nos dias de hoje. Riga é a capital e cidade mais populosa do país, com 764.329 habitantes. A seleção nacional da Letônia fez sua estréia em 1922, em um empate de 1x1 contra a vizinha Estônia. A equipe chegou a tentar uma vaga no mundial de 1938, participando das eliminatórias do torneio, mas não obteve a classificação. Pouco tempo depois, em 1940, o território letão seria anexado pela União Soviética e a seleção da Letônia só seria retomada em 1991, após a sua independência. O futebol báltico nunca teve muito destaque no cenário mundial e a Seleção da Letônia não é uma exceção à regra, embora o time tenha surpreendido a todos ao conseguir uma vaga para a Euro 2004. Māris Verpakovskis, maior artilheiro da história da seleção, com 26 jogos, era parte desse time. Mas o maior orgulho futebolístico do país são os 10 títulos da Copa Báltica, torneio disputado pelas 3 Repúblicas Bálticas (Estônia, Letônia e Lituânia). Junto com a Lituânia, os letões são os maiores vencedores do torneio, que é disputado desde 1928 (com interrupção no período de domínio soviético). Títulos: Baltic Cup: 1928, 1932, 1933, 1936, 1937, 1993, 1995, 2001, 2003, 2008 Participações na Euro: 2004 (eliminada na primeira fase) Participações em Copas do Mundo: Nunca participou Hino Ouça aqui Dievs, svētī Latviju, Mūs' dārgo tēviju, Svētī jel Latviju, Ak, svētī jel to! Kur latvju meitas zied, Kur latvju dēli dzied, Laid mums tur laimē diet, Mūs' Latvijā! A camisa abaixo, fabricada pela Adidas, é da temporada 06/07. Particularmente não gosto das camisas dessa temporada por causa da "gola torta", mas as cores da camisa e o escudo estiloso tornam a camisa bastante interessante.
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sábado, 17 de julho de 2010
O futebol de Brasília é algo instável. Talvez por ser uma cidade nova e, naturalmente, ser constituída basicamente por pessoas ou filhos de pessoas oriundas de outros estados, a população torce para equipes de outras unidades da Federação, o que às vezes dificulta o crescimento das equipes candangas. Mesmo aqueles que se dizem torcedores de times locais, tem as equipes não como primeira, mas como segunda preferência (eu sou um exemplo). No entanto, o futebol do DF já teve seus bons momentos no cenário nacional. CEUB, Sobradinho, Gama e Brasiliense são alguns exemplos. A origem do futebol no DF foi tardia e, durante muito tempo, os campeonatos foram formados por equipes amadoras. O futebol brasiliense nasceu entre os operários que construíam a nova capital. Equipes amadoras como o Defelê (do Departamento de Força E Luz), Cruzeiro do Sul, Rabello e Pederneiras lutavam pelos primeiros campeonatos locais, com partidas disputadas em pequenos estádios, como o do Defelê, na Vila Planalto. Foi só no fim da década de 60 em que existiram tentativas de profissionalização, com a criação do CEUB Esporte Clube. A Associação Comercial do DF, em 1969, decidiu também montar um clube, porém a idéia só foi efetivada em 02 de junho de 1975 (época em que o CEUB já estava mau das pernas), com a criação do então Brasília Esporte Clube (hoje Brasília Futebol Clube). Desde então, o Brasília se tornou uma das equipes mais tradicionais do DF. Com 8 títulos da primeira divisão do Candangão, só perde em títulos para o Gama, que soma 10 canecos. Embora seja o clube em atividade mais antigo do DF, o Brasília já esteve próximo do fim. O time esteve fora da primeira divisão do Candangão de 2003 a 2008, quando frequentou a segunda e até a terceira divisão do estado. No entanto, a volta à primeira divisão, em 2009, foi triunfal: a equipe alcançou o vice-campeonato e, com isso, ganhou o direito de disputar a quarta divisão do Brasileirão de 2009, em que fez uma campanha razoável e foi eliminada pelo Uberaba. Em 2010, embora não tenha feito boa campanha no Candangão, terminando em sexto lugar, o Brasília ganhou o direito de disputar a série D novamente, graças a uma infinidade de desistências de outras equipes. Títulos: - Campeonato Brasiliense - Primeira Divisão - 1976. 1977, 1978, 1980, 1982, 1983, 1984 e 1987 - Campeonato Brasiliense - Segunda Divisão - 2001 e 2008 Hino: Autor: José Wilson Dias Costa
Ouça aqui
Avante, Brasília, avante !
Todos gritam por você
Como um sol irradiante
Ei de tê-lo até morrer
Sua garra exubarante
Num magnífico explendor
Me deixa muito contente
Colorado meu grande amor
Brasília, Brasília
Você é o maior em tradição
Brasília, Brasília
Sempre será o eterno campeão
Brasília, Brasília
Eu sempre lhe amei
Brasília, Brasília
Colorado sempre serei
A camisa abaixo, fabricada pela Mallui, é da temporada de 2009, que marcou a volta do Brasília à elite do futebol brasiliense.
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quarta-feira, 14 de julho de 2010
Fundado em 14 de maio de 1966, a partir da fusão de dois clubes amadores, o Unión Bellavista e o Portuario Atacama, o Club de Deportes Antofagasta disputa atualmente a Primera B, equivalente à Segunda Divisão do Chile. O clube tem sua sede na cidade chilena de Antofagasta, localizada no norte do país, na região do deserto de Atacama, cuja população é de aproximadamente 300.000 habitantes. A economia do município é movido basicamente pela exploração mineral, inclusive o patrocínio do clube homônimo é de uma mineradora. Embora não possua muitos títulos (apenas um apertura da segunda divisão em 1990 e o título da segundona chilena em 1968), a equipe possue uma fiel torcida, onde destaca-se a torcida organizada "Los Pumas". Estive no Chile em fevereiro (voltei poucas horas antes do terremoto, inclusive) e pude constatar que existem entre os clubes chilenos várias camisas interessantes. Essa, fabricada pela Lotto, foi uma delas. Em Santiago, recomendo a Futbol Cafe. Eles tem duas lojas na cidade, uma em uma galeria próxima ao metrô Los Leones e outra no centro.
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terça-feira, 13 de julho de 2010
No sábado eu tinha ido até a Mallui, onde me foi apresentado aquele que supostamente seria o terceiro uniforme da equipe do Brasiliense, que teria sua estréia, no dia 13, na partida contra o América MG. Pois é, embora eu até poucos minutos não acreditava muito nessa história, estou aqui vendo o jogo, ainda chocado com a camisa do Jacaré do DF, uma mistura de abadá com camisa de metaleiro, repleta de caveiras. Segundo o presidente Luis Estevão, foi uma homenagem ao dia do rock. Sei que as imagens abaixo não estão lá essas coisas, mas já dá pra ter uma idéia: PS: Segundo o comentário dos roqueiros mais entendidos, as caveiras são alusões a uma tal de Misfits, banda de punk/horror. Perdoem-me o equívoco. É porque, como sou do interior, não estou muito familiarizado com essas coisas. :)
PS2: Após alguma pesquisa, constatei que as caveiras supra citadas, embora associadas à banda Misfits, na verdade originalmente apareceram no poster do filme The Crimson Ghost, de 1946. Portanto, estou atualizando novamente o post. Inclusive a imagem da caveira estilizada também aparece em um vídeo do Iron Maiden: The number of the beast. Acho que essa sim é uma banda de heavy metal. Ou não? ;)
segunda-feira, 12 de julho de 2010
A FIFA nunca foi flor que se cheirasse. Desde os tempos de João Havelange, organizando copas com a ajuda de ditaduras, como na Argentina em 78. Ela sempre foi cruel. Aumentou o número de seleções na copa sem aumentar o tempo da competição. Manteve um grande número de seleções européias, onde está sediada, obrigando lugares como a América do Sul a disputar sofridas repescagens. Bom, alegarão que as ligas européias são mais fortes, que o Euro ainda é imbatível e que a entidade não pode lutar contra a economia internacional, a globalização, etc. Mas mesmo assim a FIFA continua cruel, só legalizou o campeonato mundial de clubes em 2000, e numa fórmula a princípio bizarra, com times convidados sem nenhum critério. A FIFA foi mais uma vez cruel, principalmente com Inglaterra e México, ao, mais uma vez, postergar a discussão do uso de recursos eletrônicos na Comissão Internacional de Arbitragem. A FIFA é cruel ao sequer aceitar o sprayzinho da América do Sul na formação das barreiras. A FIFA vem sendo cruel com o Morumbi por contas de pendengas com dirigentes que não deveriam influir em projetos nacionais. A FIFA é cruel mesmo tentando inventar regras para a naturalização, colocado critérios futebolísticos muito acima dos sociais. Mas apesar disso tudo, nada, nada se compara à crueldade da FIFA na final da copa do mundo. Primeiramente copiando uma prática do COI, da distribuição de medalhas. Bom, pode ser que seja legal, afinal a taça é uma só, e a medalha é individual, os caras levam para casa essa lembrança da competição e tal. Mas a medalha do time que perde a final deveria ser entregue no vestiário, enviada pelo correio, ou qualquer coisa do tipo. Obrigar os caras, que já estão naquela situação deplorável, a subir as arquibancadas e ainda passar ao lado da taça que tanto almejaram e por tão pouco não conseguiram, é crueldade demais. Mas a tortura ainda não acabou. O time perdedor ainda tem que esperar em campo o vencedor erguer a taça, comemorar, posar de campeão pra imprensa do mundo todo, e então a FIFA mostra o cúmulo de seu sadismo. O time perdedor ainda precisa, em nome do Fair Play, fazer um corredor e apertar mão dos vencedores, que se encaminham para a volta olímpica. Um aperto de mão de todos os derrotados a todos os vencedores. Tudo em nome do "Fair Play", quando poucos minutos antes rolavam voadoras e carrinhos não punidos pelo juiz. E no fim desse texto sinto-me compelido a citar alguém que nunca pensei elogiar. Cristiano Ronaldo ao ser eliminado com Portugal nas oitavas de final, perante a insistência do câmera em persegui-lo, cuspiu em direção à câmera e foi para os vestiários. É muito melhor isso do que ficar em campo chorando por imposição de um cerimonial sem sentido.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Assim como na Eurocopa de 2008, sinto-me compelido a fazer comentários sobre o campeonato antes dele acabar. Pensei em ser mais disciplinado dessa vez, mas depois das emocionantes quartas-de-final, e de um longo sumiço do blog, com inúmeros posts da belíssima coleção de camisas do Fernando que nunca vou alcançar, resolvi traçar aqui algumas impressões antes que elas esfriem ou passem do ponto. Se acontecer nas semi e na final algo tão bom quanto aconteceu nessas quartas, volto a escrever. - não é necessariamente um fato das quartas de final, mas como ambos chegaram, e eu não escrevi antes, falo aqui sobre os irmãos Boateng . Não tenho dados estatísticos, nem o livro da história das copas (que andei folheando e gostei muito), mas me parece uma situação inédita a de dois irmãos disputando a copa por dois países diferentes. Acho que não existe reflexo melhor para a geopolítica da Europa atual. Mais uma vez a copa da mundo é uma aula de geografia e ciências sociais. Eu mesmo fico o tempo todo tentando me colocar no lugar deles e tentando imaginar o que faria. (Para quem não sabe os dois irmãos tem dupla cidadania, ganense e alemã, e um escolheu defender Ghana e o outro a Alemanha). Mas acredito que teria escolhido defender a Alemanha. É impossível para um jogador não pensar primeiramente em sua carreira, e a Alemanha é uma das maiores potências do futebol. Mas claro que não dá pra deixar de elogiar a escolha de Prince, por defender Ghana. A menos que se imagine que ele não tivesse um lugar na seleção alemã. - gosto muito de ler as edições on-line de jornais de outros países, em especial os da Argentina. Percebo, na área de comentários, a maciça presença de brasileiros. Constrói-se basicamente uma arquibancada virtual, um pouco mais violenta devido ao anonimato a não existência do contato físico. De toda forma é sempre muito curioso ver Brasil e Argentina eliminados na mesma etapa da Copa do Mundo. Vamos à cronologia das discussões: primeiro os brasileiros "zoam" os argentinos porque eles vão pegar a Alemanha e provavelmente serão eliminados nas quartas. Os argentinos se defendem dizendo que tem o melhor time da copa, que vão passar, e que o Brasil ainda não passou pela Holanda. Então o Brasil perde o jogo para a Holanda e é eliminado, e os Argentinos massacram os brasileiros com comentários sobre a eliminação, da qual os brasileiros se defendem dizendo são penta-campeões e que mesmo se a Argentina ganhar será no máximo tri. Então chega o jogo da Argentina e ela perde de 4 a 0 da Alemanha. Nova leva de comentários dos brasileiros, que a essa altura já esquecem sua própria eliminação para fazer troça da goleada, da qual os argentinos lembram que o Brasil também foi eliminado e que tanto faz o placar. Em resumo, uma comédia, que não muda o fato de os dois grandes favoritos estarem fora da Copa. Os rivais morrem abraçados e cheios de ódio. - o mais irônico disso tudo é que enquanto Brasil e Argentina, os dois mais populosos e poderosos países sulamericanos no futebol, ficaram pelo caminho, a mais antiga força do futebol do sul das Américas segue em frente. E não vou esconder que isso me alegra demais. Sou Uruguai nessa copa e ele acabou sendo o único páis sulamericano a passar para as semi-finais. Tudo bem que acabou dando um pouco de sorte: o pretenso grupo da morte estava mais pra grupo dos mortos, e não pegou um grande adversário nas oitavas, mas o jogo com Ghana nas quartas de final foi sem dúvida um dos jogos mais emocionantes de todos os mundiais. Aliás, o jogo em si foi um terrão, mas o final da prorrogação teve um final inédito na história dessas copas que tanto gostamos. Confesso, fiquei com pena do Gyan que perdeu um penalti no último minuto da prorrogação, mas um time que perde um lance desse merece mesmo ir pra casa. E ao mesmo tempo fiquei feliz demais com o Uruguai. Desejei mais que tudo estar em Montevidéo ou em qualquer uma daquelas lindas cidadezinhas interioranas daquele país antigo por natureza. E vou torcer pro Botafogo enquanto Loco Abreu jogar lá. - não foi um jogo das quartas, mas como entusiasta do futebol do leste europeu não posso deixar de registrar o jogo que classificou a Eslováquia para as oitavas de final. Não fosse por Uruguai e Ghana e Paraguai e Espanha, teria sido o melhor jogo da Copa. Primeiramente não deixa de ser curioso a Eslováquia participar da Copa. É sabido que na divisão da Tchecoslováquia a parte famosa do futebol ficou com a República Tcheca. Pois a Eslováquia não só desbancou-os como ainda eliminou a atual e tetra campeã Itália num jogo memorável. Além de, até as quartas, ter um dos artilheiros da copa, Vittek. - furadíssima a previsão mundial de uma Copa América nas semi-finais do mundial. Todas as teorias que se desenharam, de que só os sulamericanos alimentam os campeonatos europeus, de que sem eles não existiria futebol decente no velho continente, caíram por terra. Confesso, eu também defendi isso, mas levamos todos os um tapa na cara de Muller e Sneijder. Sem contar em David Villa. Embora de todos sulamericanos que ficaram pelo caminho o Paraguai fosse o que mais merecia ficar. Há também a lição de competência dos técnicos argentinos, Gerardo Martino e Bielsa foram dos melhores técnicos dessa copa. - nunca vi tanto penalti perdido em uma fase tão importante do mundial. O que mostra que enquanto se reforça como nunca o lado técnico e tático dos jogadores, o psicológico se deteriora. Me lembro sempre de Muricy Ramalho, em quem confio cegamente no futebol, dizendo que essa coisa de psicólogo para jogador é furada. Concordo com ele. Mas depois do penaltis perdidos por Ghana, Paraguai e Espanha, além dos históricos perdidos por Zico e Baggio, tenho que concordar que copa é coisa de outro mundo.
- Ah, nem uma palavra sobre a Alemanha. Não precisa.
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